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Saúde ESCÂNDALO NA UPA

Mesmo com milhões na locação de leitos, pacientes são amontoados na UPA Norte de Rio Preto

Situação chegou ao caos. Presidente do Sindcato dos Médicos denuncia que paciente espera por leito há 8 dias na UPA

04/02/2025 08h51
Por: Jair Viana Fonte: Jair Viana
Com 17 pacientes acima do ,limite, UPA Norte está à beira do colapso. Contrato milionário não vira/Foto:Reprodução do Instagrm/Merabe Muniz
Com 17 pacientes acima do ,limite, UPA Norte está à beira do colapso. Contrato milionário não vira/Foto:Reprodução do Instagrm/Merabe Muniz

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte de Rio Preto está à beira de um colapso, e a presidente do Sindicato dos Médicos, Merabe Muniz, não mediu palavras para denunciar o caos que testemunhou durante plantão entre segunda-feira (3) e esta terça-feira (4) na unidade. "A UPA está com 17 pacientes acima da sua capacidade", declarou a médica, que não escondeu sua indignação ao relatar o caso de um paciente que aguarda um leito hospitalar desde o dia 25 de janeiro. "Cadê os leitos contratados?", questionou Muniz, em um ataque direto ao prefeito Fábio Candido (PL) e ao secretário de Saúde, Rubem Bottas.

A situação é ainda mais alarmante quando se considera que a prefeitura firmou um contrato milionário, no valor de R$ 30,3 milhões, com o Hospital de Base e a Santa Casa, justamente para garantir leitos extras e desafogar as UPAs. No entanto, o que se vê é um cenário de superlotação, desespero e descaso. Enquanto os cofres dos hospitais contratados engordam, a população sofre com a falta de assistência básica.

PROMESSA

Durante a campanha eleitoral, o prefeito Fábio Candido prometeu que, nos primeiros dois anos de governo, daria uma "nova cara" para Rio Preto. Pois bem, a cidade está, de fato, de cara nova – mas não da forma que os rio-pretenses esperavam. A UPA Norte, que deveria ser um exemplo de eficiência, tornou-se um símbolo do descaso com a saúde pública. Pacientes amontoados em corredores, profissionais de saúde sobrecarregados e uma sensação generalizada de abandono são o retrato atual da unidade.

Merabe Muniz não poupou críticas ao descrever o cenário caótico. "É inadmissível". A indignação  tem como suporte um contrato  de valor vultoso, mas que mantém a população sem acesso a leitos que constam do tal contrato. Um paciente cobrou: "onde está o dinheiro público investido?", para em seguida questionar: "por que os leitos contratados não estão disponíveis?".


SECRETÁRIO NO LIMBO
O secretário de Saúde, Rubem Bottas, já está no centro de uma série de polêmicas, e a situação da UPA Norte só aumenta a pressão sobre sua gestão. Acusado de incompetência e de gerir a saúde pública com descaso, Bottas parece mais preocupado em manter seu cargo do que em resolver os problemas que assolam a população. Enquanto isso, o contrato milionário com o Hospital de Base e a Santa Casa segue sendo alvo de questionamentos. Para onde está indo o dinheiro público? Por que os leitos contratados não estão sendo disponibilizados?

A denúncia de Merabe Muniz escancara uma realidade que o governo tenta esconder: a saúde pública em Rio Preto está em estado terminal. E, diante de tanto descaso, a pergunta que fica é: até quando a população terá que pagar o preço por uma gestão que parece mais interessada em números do que em vidas?


CARA NOVA 
Enquanto o prefeito Fábio Candido se gaba de cumprir sua promessa de dar uma "nova cara" à cidade, os rio-pretenses estão de cara com a dura realidade: uma saúde pública em frangalhos, um contrato milionário que não resolve o problema da falta de leitos e uma gestão que parece mais preocupada em manter aparências do que em salvar vidas. A UPA Norte é apenas a ponta do iceberg de um sistema que está à beira do colapso. E, diante de tanto descaso, a pergunta que não quer calar é: até quando?

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